sábado, 17 de outubro de 2009

De cabelo ao Vento ou será De Vento em Popa....?



Este último trimestre superou expectativas. Não que tivesse muitas, mas superou as que não existiam e as que tinha também.
Tem sido uma experiência refrescante, livre de medos e inseguranças .
Desta vez, tive a coragem de querer, de não largar, de não deixar ir. De coração! E a entrega foi total.
O cansaço é o que nunca tinha sentido, o tempo que resta é muito pouco, mas muito bem dividido.
Até ao momento foram 123 corpos precisamente.
Dediquei lhes toda a atenção, toda a força, todo o amor disponível. E o resultado tem sido mágico.
A maior parte das pessoas chegam com dores, encolhidas, talvez um pouco deprimidas, achando que uma massagem ou uma hora de descanso poderá aliviar alguns pesos. Pesos da vida, cansaço de trabalhos indesejados, relações que criam nós nos músculos do coração...Infindável a lista de motivos que nos batem à porta.
A entrega é conjunta...
Depois de entrarem na sala, depois do corpo estar preparado para receber o tratamento, tudo pode acontecer, mas nunca esperam sair de lá com a leveza que lhes reconheço no sorriso.
Quem tem experiência procura os alivios que já conhece. Já sabem que vão ter aquela sensação de terem perdido alguns quilos, pois já andam mais leves. Já sabem que vão sentir aquela paz sem saberem explicar bem porquê, e vão querer sempre repetir.
Os que nunca fizeram vão estar muito atentos a tudo. São os que mantêm os olhos abertos a maior parte do tempo. Oferecem resistência no início, e durante algum tempo. Não querem adormecer, querem sentir todos os movimentos e entender o seu efeito. Sempre curiosos. Provavelmente só quando se deitam de barriga para baixo relaxam totalmente, ou quase. E é quando chego às costas que ouço os maiores suspiros. Aí sinto que desistem de perceber e limitam se a sentir.
A maior parte acaba sempre por adormecer...
Não prefiro especialmente nenhum dos dois mas confesso que os curiosos dão um pouco mais de trabalho, mas deixam me sempre mais realizada, um pouco egoísta mas verdadeiro.
É impressionante a relação que as pessoas têm com o toque. E a que eu tinha/tenho.
Tem ocupado muito do meu tempo esse tema. Qualquer dia escrevo uma tese...Quer dizer espero bem escrevê-la, mas não deverá ser sobre o toque, embora tivesse muito para analisar.
Há já uma lista de curiosidades de uns quantos tratamentos que tenho de anotar para não me esquecer de nada, mas hoje já estou cheia de sono...
A minha memória está péssima, ainda bem que isto serve como diário....