quinta-feira, 2 de outubro de 2008
ESCREVESTE MARIA
Escreveste Maria, quando a agonia transbordou
Em desabafo com a filha que sempre sonhaste ter,
com a ajuda da Santa que te devolve a luz.
te socorre nos prantos e te alivia os entretantos.
Entre dois comprimidos e o veneno do malte,
contaste ao papel o que a má fotuna te deixou.
Foste doce, sincera, amarga e fria,
e até ser dia, representaste Maria.
Pergunto eu, porquê? É bom ser infeliz?
O que podes ter feito para te quereres tanto mal?
Tens o Karma de quem nasceu para ser perfeito,
e acaba desfeito em estilhaços de cristal.
És o patinho feio, porque assim tem de ser,
entendes não gostar de ti, por achares que ninguém gostou.
Encontras por perto algo que até seduz,
mas já vai alto o dia, despiste Maria.
A palavra Amor, o gosto já se pedeu
Sei que é mau pensar que o que lá vai já deu,
e agora que o cristal em puzzle já está montado,
ficam as marcas de um caso simplesmente arquivado.
Maria 1998
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