quarta-feira, 3 de junho de 2009

Etapa Final...

A RAZÃO E A EMOÇÃO

"António Damásio conclui que as emoções e os sentimentos não são um obstáculo ao funcionamento da razão: estão envolvidas designadamente nos processos de decisão.
Assim, quando temos de tomar uma decisão, é preciso:
1 - Ter conhecimento da situação sobre a qual se tem de decidir;
2 - Conhecer as diferentes opções de acção;
3 - Conhecer as consequências de cada opção no presente e no futuro.

Sobre as várias possibilidades relativamente às quais temos de exercer a opção, fala-se de raciocínio, de atenção, de memória, mas os termos emoções e sentimentos estão ausentes. Remete-se a capacidade de decidir para um processo lógico capaz de produzir inferências que nos conduzam às melhores opções.

António Damásio considera que a selecção das melhores opções não é necessariamente produzida através do raciocínio e chama a atenção para o facto de que a análise de todas as possibilidades e respectivas consequências lógicas inviabilizariam qualquer decisão.
Damásio descreve a incapacidade de um dos seus doentes com lesões nas áreas pré-frontais em marcar uma ida ao laboratório (em "O erro de Descartes"). Apresentou-lhe duas datas com apenas alguns dias de intervalo. Orientado apenas pelas deduções lógicas, o doente durante 30 minutos, enumerou as razões a favor ou contra cada data. Ao fim desse tempo orientado apenas pela razão, ainda não tinha possibilidade de decidir.
Assim, considera que "a emoção bem dirigida parece ser o sistema de apoio sem o qual o edifício da razão nã pode funcionar eficazmente".
Emoção e Razão estarão na base das nossas decisões sendo dois processos essenciais para a escolha entre várias opções possíveis.
A emoções são portanto, processos indispensáveis no acto de decidir. Propõe então que a afirmação de Pascal "O coração tem razões que a própria razão desconhece" seja substituída por "O coração tem algumas razões que a razão tem de utilizar."

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